Vender as nossas coisas e poder dar a conhecer o nosso projecto é sempre algo muito gratificante, mesmo que, no final, o resultado “financeiro” não seja o mais esperado.
Mas, estar com amigos a conviver todo o dia, partilhando histórias e experiências, sentando num parque fantástico e verde, rodeado de pessoas, acaba por ser sempre o mais importante. Num dia de sol, acompanhados de um par de cervejas frescas tomadas num ambiente “kombinauta” e um final do dia num bar a ouvir umas guitarradas também não soa nada mal.
O planeta Terra tem 2 hemisférios, 5 continentes e outros tantos oceanos mas normalmente movemo-nos sempre nos mesmo círculos e não nos apercebemos da diversidade de pessoas, sentimentos e histórias de vida que passam mesmo ao nosso lado.
Fazer esta viagem permitiu-nos rebentar a bolha que nos “protegia” e o nosso Universo expandiu-se e deu-nos a oportunidade de conhecer gente tão variada, com quem pudemos aprender tanta coisa. Tantos pontos de vista diferentes sobre assuntos que normalmente nem discutiríamos.
Este sábado e domingo conversamos com pessoas de todas as idades, de todas as cores e feitios e até com pessoas que nem sequer entendíamos, mas com quem, de alguma maneira, logramos comunicarmos.
Conhecemos um cigano francês, investigador para um canal de televisão, com quem discutimos os mais diversos assuntos, desde os cartéis de droga colombianos e mexicanos, até às histórias individuais de pessoas que se puderam libertar das amarras próprias da vida e se transformaram em exemplos excepcionais e que ele teve a oportunidade de conhecer, investigar e divulgar. Conhecemos também um Sandinista, ex combatente Nicaraguense, que viaja há mais de 10 anos e cuja missão de vida é simplesmente diminuir a iliteracia no mundo e divulgar o gosto pela leitura, isto tudo com pouco mais do que a roupa que traz no corpo, uns livros na mochila e uns versos e histórias revolucionárias que vai partilhando com quem o quer ouvir. Conhecemos inclusive um Curdo ou Sérvio, nunca chegamos a saber bem, mas que apesar de não falar absolutamente nada de espanhol ou inglês, fez questão de conversar com a Sol durante mais de meia hora e regressar novamente para insistir que continuássemos a conversa por skype, não sei porquê mas achou que com a ajuda das novas tecnologias talvez nos pudéssemos entender melhor o seu árabe.
Conhecemos crianças e idosos, adultos e jovens, a quem respondemos a inúmeras perguntas sobre a nossa viagem e a quem tivemos a oportunidade de contar algumas peripécias da nossa aventura e a quem oxalá tenhamos de alguma maneira inspirado a que também possam no futuro seguir os seus sonhos.
Estar na rua é isto, é expor-se. É vencer a mais profunda timidez e falar com desconhecidos, convencer-los a ouvir o que tens para transmitir e, com sorte, fazer com que comprem e apoiem o teu sonho.
E, por isso, essa exposição tem resultado para nós da melhor maneira, pois essa abertura só nos tem trazido gente boa e experiências ainda melhores e, dessa maneira, nos sentimos também transformados em melhores pessoas.
Obrigado a todos os amigos de Tribu en Kombi que tanto nos têm apoiado, nomeadamente ao Freddy, Jaime, Chicho e ao seu irmão Fred, a ChPalacios e, claro, especialmente a Patrício Quimzo e a toda a sua família que tão gentilmente nos receberam em sua casa.
Queridos Sol e João
OBRIGADA!
Continuo maravilhada com a vossa experiência de VIDA!
Bem Hajam por partilharem com Todos nós essa vossa Aventura em intercâmbio Humano e com a Natureza! .
Mil beijos!
Elisabeth