Lago Titicaca

LAGO TITIKAKA

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Reza a lenda que uma donzela vinda de Cuzco carregava um pote de barro cheio de água, quando tropeçou e o pote se quebrou e não parou de brotar, criando assim o Lago Titicaca.

A 3820 de altitude, as suas águas intermináveis estão tão perto do céu que o azul infindável parece quase irreal. Com aproximadamente 8.500km2 (aproximadamente a área do Baixo Alentejo), esta enorme massa de água, cuja dimensão se perde na linha do horizonte, divide-se entre o Perú e a Bolívia, quase em partes iguais e é o maior lago navegável mais alto do mundo.

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Os Uros

Do lado Peruano, saindo do porto de Puno é possível visitar as fantásticas ilhas flutuantes dos Uros. Este lugar, único no mundo, preserva uma tradição secular.

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Para poderem escapar, primeiro ao alcance dos Incas e, posteriormente, dos Espanhóis, os Uros inventaram o seu próprio território sob as condições mais inóspitos. Usando “totora” (espécie de juncos que nascem nas águas menos profundas do lago, foram sobrepondo camadas destas “palhas” sobre pedaços de terra flutuantes e, aí, construíram as suas casas, onde vivem há vários séculos. É de salientar que estas ilhas se vão deteriorando e, por isso, implicam que praticamente ilha seja renovada 3 vezes ao ano.

Ilha do Sol

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Do lado Boliviano, o atractivo é um pouco diferente. A entrada ao país faz-se por Copacabana, uma pequena baía no lago onde se podem encontrar viajantes de todo o mundo a vaguear, visitando as ilhas ou simplesmente fazendo escala para ir para La Paz ou para o Perú.

Nós passamos aí quase uma semana, desfrutando de um descanso bem merecido e aproveitando a gentileza do Hotel Onkel Inn que nos deixou aí pernoitar. Obrigado Carlos por todos os teus conselhos e sobretudo pela tua enorme simpatia e amabilidade. E, daí partimos até à Ilha do Sol.

A Ilha Sagrada dos Incas, que os mesmos conceberam como o local da criação do Sol, é um lugar especial.

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Chegar à ilha é quase uma viagem no tempo. Não há uma única estrada e muito menos veículos motorizados. Claro que, tal como nós, havia bastantes mais viajantes no tempo (vulgo turistas) percorrendo a ilha como se de um museu a céu aberto se tratasse. A vida dos nativos permanece quase inalterada; seguem com as suas actividades diárias , diga-se bastante duras, passando pelos turistas carregando enormes vultos ou guiando os sues burros, ovelhas ou alpacas, muitas vezes com esgares de grande esforço, mas que inevitavelmente correspondiam com um sorriso ou um “buenos días” quando saudados.

Na ilha conhecemos o Sr. Benito que partilhou connosco  as histórias da SUA ilha, as mais recentes e as que os seus avós lhe tinham ensinado.

Ficamos a saber que as actividades agrícolas são comunitárias. Partilham os campos onde cada ano vão cultivando coisas diferentes: batata, quinua, favas, entre outras e que, ao fim de 7 anos deixam o campo descansar outros 7 anos e mudam de lugar. Uma linda tradição, onde só a comunidade e a união permitiram durante séculos fazer frente às dificuldades climáticas e geográficas de sobreviver numa ilha afastada do mundo a 4.000m de altitude.

O Sr. Benito falou-nos então sobre as histórias que o seu avó lhe tinha contado sobre os seus antepassados Incas; contou-nos os significado das ruínas da ilha, falou-nos sobre a rocha sagrada,  descreveu-nos como a mesa de sacrifícios serviu para sacrificar virgens vindas desde Cuzco e também do labirinto de Challapampa. E, claro, insistiu muitíssimo sobre a Ilha Submergida (umas ruínas que realmente existem a poucos quilómetros da Ilha do Sol, debaixo de água) e que as pessoas da ilha sempre consideraram um lugar proibido e de muito mau augúrio até que um grupo de arqueólogos japoneses mergulharam nessas águas e trouxeram para terra vários tesouros afundados.

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Depois de uma conversa tão interessante seguimos o nosso caminho e a exploração da ilha. Descendo por uma encosta, depois de passado o labirinto em ruínas, vislumbramos uma praia deserta de areia tão branca que parecia mentira. Apesar do ar frio e água gelada, sentir nos pés descalços o calor da areia aquecida pelo sol foi o único incentivo necessário para um mergulho mágico e purificador nestas águas místicas.

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1 thoughts on “Lago Titicaca

  1. OBRIGADA!!!Queridos Sol, João e Frida!

    Hoje…..Não consigo dizer mais nada! Senti fundo no meu coração!
    Continuem e deixem-nos coninuar convosco!
    Mil beijos e um abraço imenso
    Elisabeth

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